terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sede

Sabe aquela sede de conhecimento? Aquela vontade insaciável de aprender? Como podem existir pessoas que não tem essa sede, pessoas que vivem na sombra, pensando apenas em coisas fúteis que não somam nada à nossa vida. Estou pensando muito nisso ultimamente, em como a criação é fantástica, em como tudo funciona "perfeitamente" e o ser humano só estraga. Vivemos em um país culturalmente diversificado mas não sabemos lidar com isso, com as diferenças. As pessoas estão se tornando cada vez mais estúpidas e ficam cada vez mais longe das finas pontas do pêlo do coelho, onde os filósofos estão.

"Quem, de três milênios,
Não é capaz de se dar conta
Vive na ignorância, na sombra,
À mercê dos dias, do tempo."
(Johann Wolfgang von Goethe)


(ps. ficou meio sem sentido, então interpretem da forma que quiserem)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cartas

Ah, quanto tempo já se passou, parecem que estamos longe há séculos. Queria tanto ter passado mais tempo com você...Queria tanto te contar sobre meus novos interesses, sobre o que eu ando pensando sobre o mundo, sobre as coisas que acontecem. Queria tanto te abraçar, dizer que ainda lembro de quando disse que o conhecimento é a única coisa que não podem tirar da gente, que lembro das risadas sempre presentes no dia a dia. Queria tanto ter te perguntado sobre filosofia, sobre política, sobre livros... Mas naquela época eu nem me interessava tanto assim por essas coisas. Queria te dizer sobre o que estou aprendendo ultimamente e que agora escrevo com frequência. Eu mudei muito, mas continuo a mesma, acho que cresci. Queria te dizer também que você nunca sairá dos meus pensamentos, do meu coração, e que eu não vou desistir do que quero para a minha vida, eu vou continuar, por você e por mim.
Até breve.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Impossível não te amar tanto

Já havia se passado um ano. John já estava bem. Tinha voltado a trabalhar e havia reformado a casa. Nos últimos dias John estava apreensivo pois tinha recebido uma carta de Catherine avisando que voltaria. Olhava pela janela de cinco em cinco minutos. Sentia raiva, angustia, ansiedade... Estava com medo do que podia acontecer, do que podia ouvir dela. Algumas horas depois, John já havia se distraído regando plantas no jardim. Ouviu um barulho no portão e em seguida correu para ver quem era. Quando chegou à sala viu Catherine em pé, com as malas nas mãos. John se sentiu paralisado ao rever aqueles lindos olhos cor de mel.
- John, meu amor! Eu estava quase morrendo de saudades. Você reformou nossa casa! Ela ficou linda! - Catherine largou as malas no chão o foi se aproximando de John para abraçá-lo. John recuou, desviando de seus braços.
- Não Catherine. Essa casa não é mais nossa, é minha. Para mim você morreu, você foi fria e me largou sem explicações. Como pôde? - Disse John com lágrimas nos olhos.
- John, não fale isso. Eu não podia deixar você abandonar sua vida por mim! E quase morri por ter que te deixar. Acredite!
- Você não percebe, não é? Eu abandonaria tudo por você. Com você eu viveria em qualquer lugar! Eu te amo Catherine. Deus meu! - Gritava John, incrédulo.
- Me perdoe John, eu realmente não queria. Sente-se, eu explico tudo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Universo Íntimo

Anita observava a cidade da janela. Aquelas luzes eram maravilhosas. Tudo estava perfeito, um capuccino com canela, cookies e sua nova cidade, Londres. Anita amava viajar, conhecer as mais belas cidades do mundo, das mais calmas até as mais movimentadas, ela amava toda essa mudança. Ali da janela, Anita tirava muitas fotos, ela eternizava aqueles momentos. Depois as imprimia e as colava em uma parede lilás de seu quarto. Aquela parede era como se fosse seu universo íntimo, só as melhores partes dele. Paris, Tokio, Nova York, São Paulo, Lisboa, Atenas, Roma... Ela era apaixonada por todas, e tinha consigo uma parte de cada uma delas.

(foto:www.weheartit.com)

domingo, 17 de outubro de 2010

Tempo

O tempo é fantástico, é praticamente milagroso. Ele faz crescer, amadurecer, cura feridas e mágoas. O tempo nos faz esquecer. Considero-o o melhor dos remédios e o pior dos venenos, ele cura e mata lentamente. Ele nos muda, nos transforma física e psicologicamente. Ele passa rápido para os que estão apressados e devagar para os parados. O melhor é que ele não pára, ele continua trazendo pessoas para a nossa vida, nos trazendo conhecimento, novas experiências. E você, usa bem o seu fantástico tempo? Lembre-se de que o tempo passa e não volta mais.

(foto: www.weheartit.com)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Capítulos

As pessoas que fazem parte da nossa vida podem ser simbolizadas por capítulos, como os de um livro. Alguns são realmente bons, nos deixam contente. Outros são curtos, um pouco tumultuados e são apenas mais um, não fazem diferença. Há também aqueles capítulos que nós sempre queremos reler, que são marcantes e de fato simbolizam algo importante. Mas os melhores não são capítulos, são aquelas dedicatórias, feitas no começo do livro e que sempre estarão ali, do jeito que é para estar.

(foto: weheartit.com)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dignos de pena

Luísa estava enferma. Há semanas contraiu uma doença raríssima e praticamente sem cura.
As enfermeiras saíram de seu quarto depois de medicá-la pela última vez do dia. Ela adormeceu por causa dos fortes remédios. Horas depois acordou com a visão um pouco confusa e viu uma mulher alta ao lado de sua cama. A moça aproximou-se e ela pôde perceber que ela era bonita.
- Olá , prazer sou a Morte. - Assustada Luísa não respondeu. - Já está preparada para partimos? Pretendo partir em alguns minutos.
- Por que quer me levar? Ainda tenho muito para viver. - Disse Luísa ainda confusa. - Aliás, nunca pensei que você fosse bonita e jovem.
- Pensou que eu fosse como? Uma velha feia? HAHAHAHA. Todos pensam isso, por isso são todos dignos de pena. Não me conhece e já vem me importunar! - Falou a Morte andando de um lado para o outro.
- N-não estou pronta para ir, por favor me deixe ficar mais! - Disse Luísa parecendo agora um pouco mais viva.
- Pois bem, convença-me! Ande, me dê bons motivos e eu lhe deixo ficar. - Disse a Morte debochando.
- Ah, hum.. - Gaguejou a moça. - Apenas mereço, ainda sou jovem e tenho muito para viver.
- Ah, humanos, todos podres e fétidos. - Disse a Morte em tom de desdenho. - Vamos, já me decidi. Você irá comigo agora. E vamos rápido, ainda tenho que fazer muitas visitas hoje. - Luísa
se levantou e saiu porta afora seguindo a Morte, deixando para trás seu corpo doente e frio.


P.S.: Este
post é dedicado á minha querida Sofia (Márcia Fernanda) que diz que os seres humanos são podres, fétidos e dignos de pena. Beijos Má ♥

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Muitos amores

Helena olhava pela janela de seu modesto apartamento. Ela estava aliviada pois estava conseguindo finalmente se afastar de seu grande amor. E aquilo era bom? Sim, era libertador para ela. Aquela paixão estava a corroendo por dentro. Ela havia encontrado outro amor, intenso, porém diferente. Nenhum outro era igual aquele amor. Afinal quantos tipos de amor existem? Ela já tinha vivido muitos amores mas nenhum era igual ao seu grande, inconstante e inigualável amor que para seu alívio, já estava partindo para sempre deixando eternas lembranças.

(foto: weheartit)