quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Transparente

Quando escrevo sinto-me poderosa. Crio e destruo mundos, invento situações, personagens, os mato e os faço nascer. Manipulo para que tudo saia como o desejado, apago e reescrevo. Romance, tristeza, ira... Tudo. Faço como quero, como manda os sentimentos. Somente quando escrevo consigo fugir das angústias, expulsá-las de dentro de mim. Consigo também expressar minhas alegrias, minhas ideias e conclusões. Aqui mando e desmando, posso tudo. Ou quase tudo. Gosto da independência, da liberdade que tenho aqui. Aqui posso ser eu, sem máscaras e sem medo. Completamente transparente.

(foto: weheartit)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Primavera

Ela aguarda ansiosa pela primavera, para que árvores e flores descongelem. Ela ama as cores da primavera, os cheiros. Aguarda também por algo diferente, que já não acontece há tempos. Ela espera que seu coração descongele e volte a colorir seus dias, assim como as flores. Seu coração não está mais machucado, o inverno já tratou de curar as profundas feridas. Ela conta os dias para ver seu coração florir novamente.

(foto: weheartit)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sonhos oportunos

Ele estava deitado. Não pensava e não sentia nada. Apenas respirava. Acabou adormecendo. Avistou sua amada lá longe, segurando flores amareladas e com os cabelos soltos. Estava excepcionalmente linda. Pensou em correr em sua direção e abraçá-la mas, resolveu não ir. Lembrou de quando o deixara, de quando disse que não queria mais, que não era mais possível. Lá de longe a viu soltar as flores e caminhar em sua direção, chegando cada vez mais perto, e mais perto. Fechou os olhos e sentiu seus lábios se tocarem suavemente. Ela olhou em seus olhos e disse: "Me perdoe, eu te amo. Nunca deixei de amar." Nesse momento ele despertou. Se sentia vazio e só conseguia pensar naquela cena. Como queria que aquilo fosse real. Vê-la já era o bastante, mesmo que somente em sonhos oportunos.

(foto: weheartit)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

15 anos


Finalmente chegou. Os meus 15 anos. Acho que o que mais me faz pensar neste dia é que ele não volta mais assim como nenhum outro. Portanto viva, aproveite e lembre-se de que nada volta. Cada momento é único. Cada “Feliz aniversário!” ou “Felicidades” é único. Isso pode soar um tanto clichê, porém, é a mais pura verdade. A vida não é inútil, ela tem um sentido, um sentido que talvez ainda não tenhamos descoberto.

"
I could really use a wish right now, a wish right now, a wish right now.." (Airplanes - B.O.B. feat. Hayley Williams)

Feliz aniversário para mim :)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Impossível não te amar tanto

(continuação)
Mais uma carta de Catherine havia chegado. Aquilo já estava o irritando. Como assim? Como aquela mulher aparece em sua vida, a muda para melhor e de repente precisa fugir... Isso não estava certo, ela não podia o fazer sofrer tanto. Será que para ela estava tudo bem? Dizer que sente muito, que sente saudades... Qualquer um pode dizer. Palavras não mudam nada, não amenizam sentimentos. Mas ela poderia ter explicado o porquê de tanta pressa pra fugir, eles não seriam atacados, a guerra já tinha cessado. John pegou todas as cartas de Catherine e as rasgou em minúsculos pedaços... Jogou tudo fora. Já estava decidido, doía, ainda a amava muito. Para ele Catherine já estava morta.

De todo impermeável

Clarice se escusou da igreja com sua mãe pensativa. Não sabia se acreditava em tudo que tinha ouvido. Quem inventou aquilo? Foi Deus mesmo que escreveu a bíblia? Como? Clarice sabia que não acreditava tanto quanto àqueles que juram ter recebido milagres e coisas assim. Não, isso não. De uma coisa Clarice estava certa, ela não era de todo impermeável a acreditar em algo diferente, era preciso apenas procurar saber mais sobre outras crenças. Apenas mais informação e reflexão.

(P.S: Isso é minha lição de casa de português! Por favor querida Professora, não seja severa nas críticas, HAHAHAH.)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Toca do coelho

Olivia escovou os dentes, penteou seus belos cabelos ruivos, pegou um livro, deitou em sua cama e continuou a ler de onde tinha parado. Em segundos aconteceu um "BAM!" E Olivia estava em um jardim correndo atrás de um coelho. Não se sentia mais Olivia, agora estava com os cabelos loiros e se sentia Alice. Depois de correr alguns metros o coelho pulou para dentro de um buraco e sumiu. Alice decidiu olhar o que havia lá dentro. De repente, Alice escorregou e caiu dentro do buraco e "BAM!" Sua mãe tinha fechado o livro que estava em suas mãos e agora já se sentia Olivia novamente.
- Por hoje chega de ler filha, vá dormir.
- Logo agora mamãe, eu estava entrando na toca do coelho!

Impossível não te amar tanto

(continuação)
John caminhava descalço pelo jardim. O dia não estava nem frio, nem calor mas estava ventando. Um vento calmo e triste. Seus pés estavam gelados assim como seu coração e sentia muito a falta de Catherine. Já havia se passado uma semana e John permanecia abalado. Nas mãos, John carregava a última carta que Catherine havia lhe enviado que dizia:
"John, sinto sua falta. Aqui onde estou posso ver o céu, ele está azul. Lembro-me de quando fomos para o campo e ficamos horas olhando para o céu... Em breve acharei um bom lugar para morar e, enfim poderemos ficar juntos novamente. Amo-te, Catherine."
John entrou em casa e se sentou no sofá. Não conseguia mais esperar para reencontrá-la, a saudade era tão grande...

sábado, 18 de setembro de 2010

Borboletas

(Foto: weheartit)

As coisas mudam e mudam rapidamente. Os valores já não são os mesmos de ontem, as pessoas começam a pensar diferente, a evoluir, e se quem está a sua volta não se adaptar e mudar junto, elas acabam se distanciando. É preciso mudar, conhecer coisas novas, interessar-se por outras coisas. Sinto muito pelos que não mudam, pelos que não querem sair do casulo, não querem se transformar em borboletas. É preciso voar para procurar outras borboletas. Não dá pra ser borboleta e continuar a conviver com casulos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Impossível não te amar tanto

(continuação)
O dia clareou. John acordou e sentou-se rapidamente na cama. Catherine não estava ao seu lado. Desesperado, começou a procurar por toda casa. Catherine havia fugido sem ele. Em cima da mesa achou apenas uma carta com poucas palavras que dizia:
"John, me desculpe, tive de
ir sem você. Não poderia permitir que abandonasse tudo por minha causa, eu te amo tanto... Estou bem e prometo enviar-lhe mais cartas. Com amor, Catherine".
John terminou de ler a carta e desabou em choro. Não podia acreditar, viver sem Catherine seria impossível... Como a encontraria? Onde estaria sua amada? John permaneceu sentado em uma cadeira na cozinha, nada mais parecia lhe fazer sentido.

A Ira

Ao meu ver, o mais interessante dos sete pecados capitais. Com ele as pessoas mostram quem realmente são, elas se expressam. Não o vejo como um pecado. Acho que não vejo nada como pecado. O único pecado é o excesso. Excesso de ira é pecado, excesso de vaidade é pecado. Acho que pecado é sinônimo de algo anti-ético.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Impossível não te amar tanto

- Como pode me amar tanto? - Dizia Catherine inconformada. - Esse amor não acaba... Não consigo abandonar-te.
- Impossível parar de te amar, não me deixe, não é preciso... - John a abraçou fazendo com que as sinceras lágrimas de Catherine humedecessem o ombro de sua camisa.
- Preciso ir John, você sabe que preciso.
- Não Catherine, não deixarei que fuja sozinha, fugirei com você. - John afastou-a de seu corpo e olhou profundamente em seus lindos olhos cor de mel.
- Será que é possível não te amar tanto? - Sussurrou Catherine desviando seus olhos dos olhos de John abraçando-o novamente.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sophie Beauvoir

Sophie Beauvoir era uma garota francesa, calma, simples e imprevisível.
Era de estatura média, tinha cabelos castanho claro levemente ondulados que batiam um pouco abaixo do ombro. Tinha olhos amendoados e serenos. Ela era comum, mas tinha algo diferente, algo que atraía a atenção de todos.
Sophie morava em um lugar muito próximo á Paris que estava sofrendo uma urbanização crescente. Da janela de seu quarto, ela ficava observando a construção de um grande prédio comercial. Aquilo a fascinava, aqueles homens trabalhando em perfeita sincronia, usando capacetes coloridos e roupas encardidas, debaixo de um sol quente fatigante... Sophie ficava ali horas, acompanhando cada movimento, cada martelada. Ás vezes telefonava para sua amiga Cecíle, que morava apenas a dois quarteirões dali, e a convidava para tomar chá da tarde com biscoitos e geleia.
Cecíle Lemoine era sua amiga há anos e já estava acostumada a receber convites inesperados. Ela era um pouco mais alta que Sophie, tinha os cabelos mais longos e louros, eram lindos e lisos e brilhavam demasiadamente ao sol. Cecíle era muitíssimo agitada e amava fotografia, tirava fotos de tudo inclusive dela e de
Sophie, e já tinha um álbum enorme de fotos das duas e pretendia fazer uma cópia de todas elas pra Sophie guardar também.
As duas adoravam passar o dia juntas, faziam biscoitos, bolinhos e chocolate quente. Além disso, elas estudavam na mesma escola porém, em salas diferentes. Sophie estava planejando acampar no final de semana com Cecíle em uma floresta próxima ao bairro que moravam. Elas estavam muito entusiasmadas e ansiosas para o "dia especial".

(Espero que gostem. Fiz do nada e não sei se haverá continuação.)

Toque de emoção

O tédio é algo que me invade e me consome, tornando-me intolerante e indisposta. Preciso de um "chá de renovação" ou um capuccino com um toque de emoção. No momento apenas sobrevivo a esse mundo que vive em constante mudança.

(Escrevi isso na escola, eu estava sem fazer nada e com sono, por isso ficou um pouco "deprê", rsrsrs.)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Caminho do mistério

Depois de bilhões de anos depois da grande explosão, de anos após anos, de descobertas incríveis e grandes guerras, nós não podemos negar, "o caminho do mistério aponta para dentro". Somos misteriosos, difíceis de entender porque o universo é assim. Nós somos parte do universo, somos poeira estelar.